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Temática

"O direito à cidade para além do perímetro urbano"

 

   Historicamente o território brasileiro em seu processo de ocupação apresentou basicamente duas frentes ,a frente pioneira financiada pelo grande capital com grande apoio do Estado e a frente de expansão composta por uma massa de trabalhadores desprovidos de recursos. O encontro dessas duas frentes de expansão consolida conflitos e disputas em que o que está em jogo não é somente o espaço, mas também seu valor, encarado por alguns como valor de troca e por outros pelo seu valor de uso.

   Esse processo mediado pela conflitualidade produz constantemente cicatrizes no território, retalhado, dividido e modificado pela ação do homem. Consolidando espaços de poder, de resistência, de centralidade e invisibilidade. A centralidade parece residir onde encontram-se as classes dominantes e a proteção do Estado. Já a invisibilidade está na sua ausência, onde o Estado não está presente, morada da resistência, refúgio dos não alcançados.

   No Brasil a transição de uma economia de base agrária para uma economia urbano industrial abalou as relações campo cidade, provocando grande mecanização do campo, elevado êxodo rural e grande crescimento das cidades.

   Na contemporaneidade a cidade se consolida como espaço central das decisões políticas e o processo de urbanização atua territorialmente tanto no espaço urbano quanto no espaço rural, modificando intensamente ambos. Dentro dessa conjuntura pretendemos discutir sobre os direitos sociais das populações do campo, assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas e ribeirinhos. Questionamos se estaria a atuação da Arquitetura e Urbanismo limitada ao espaço urbano, e de que maneira os movimentos sociais, a Universidade e o Estado podem articularem-se frente as demandas da população rural do país.

 

Estaria o direito à cidade restrito aos perímetros urbanos?

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